Os estudantes João Vitor Gomes e João Pedro Calembo, ambos de 14 anos, morreram na sala de aula. Os outros quatro alunos feridos, sendo três meninas e um menino, estão internados em hospitais da capital.
Funcionários da escola levaram o autor dos disparos para a biblioteca para aguardar a chegada dos policiais. Ele foi apreendido e levado para a Depai, onde contou que atirou primeiro contra João Pedro porque ele fazia bullying com o suspeito.
"Ele pegou a arma, atirou contra o alvo, e, em seguida, disse que perdeu o controle e teve vontade de matar mais pessoas", contou o delegado.
O delegado disse que a tragédia poderia ser ainda maior se uma coordenadora da escola não interviesse, pois o adolescente tinha mais munição.
Ele ia matar todo mundo. Levou dois carregadores para a escola. Descarregou o primeiro, carregou o segundo, deu um tiro, mas foi abordado pela coordenadora. Ele pensou até em se matar, apontou a arma para a cabeça, mas ela o convenceu a travar a arma, disse Júnior.
Filho de policiais militares, o adolescente atirou com uma pistola .40, que é de uso da PM. O delegado informou que a arma pertence à mãe dele.
"Ele sabia onde os pais guardavam a arma. Ontem ele pegou, guardou na mochila e levou para a escola hoje. Ele disse que ninguém o ensinou a atirar, ele aprendeu sozinho, mas não entrou em detalhes de como aprendeu."
Vigília
No início da noite desta sexta-feira, pais, alunos, funcionários e professores da escola começaram uma vigília na porta da instituição onde o atentado aconteceu. Várias pessoas se mobilizaram no local acendendo velas e fazendo orações.
[caption id="attachment_8613" align="aligncenter" width="1000"] Mensagem de luto é afixada no portão do Colégio Goyases (Foto: Sílvio Túlio/ G1) [/caption] [caption id="attachment_8614" align="aligncenter" width="1000"] João Pedro Calembo (à esquerda) e João Vitor Gomes morreram na escola (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)[/caption] [caption id="attachment_8615" align="aligncenter" width="1000"] Vigília é realizada na porta da escola particular Colégio Goyases, localizada na Rua Planalto, no Conjunto Riviera, em Goiânia (GO), onde dois estudantes foram mortos e outros quatro ficaram feridos em um atentado a tiros (Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)[/caption]