Quase 18 anos após a morte da professora Maria Estela Pacheco, que foi lançada da sacada do 12º andar do apartamento de Mauro Janene, em Londrina, em 14 de outubro de 2000, o acusado de cometer o homicídio será julgado.
O julgamento está marcado para começar às 8h30 desta quinta-feira (22), no Tribunal do Júri de Ponta Grossa. A sessão foi transferida para os Campos Gerais a pedido da defesa de Janene, que argumentou que a comoção popular influenciaria os jurados. A família da vítima pede por Justiça, e promove, também pela manhã, uma vigília em frente ao Fórum de Londrina, a partir das 10h. Os familiares mais próximos da professora já estão em Ponta Grossa, e "a expectativa é de que se resolva tudo e que, após anos de espera, a Justiça seja feita", relatou a filha de Estela, Laila Pacheco Menechino.
O inquérito policial foi concluído em março de 2001 e, em maio do mesmo ano, Janene foi denunciado pela promotoria da 1ª Vara Criminal de Londrina por homicídio simples, fraude processual e guarda de entorpecentes. Desde então, o julgamento já foi adiado sete vezes. Entre os motivos apresentados pela defesa estão doenças e compromissos profissionais.
Crime
Estela foi encontrada morta no pátio do Edifício Diplomata, na Rua Paranaguá, no Centro de Londrina, no dia 14 de outubro de 2000. De acordo com o laudo do Instituto de Criminalística e do Instituto Médico Legal (IML) de Londrina, a vítima já havia sido morta cerca de uma hora antes de ser atirada do 12º andar do prédio, uma altura de 36 metros.
O agropecuarista Mauro Janene morava no apartamento onde o homicídio aconteceu, e foi apontada como principal suspeito. Segundo as investigações, Janene e Estela já haviam sido namorados e teriam se encontrado em um bar na noite anterior e seguido para a casa do homem. Estela foi encontrada morta no dia seguinte.