GERAL

Transição gera atrito entre Cida Borghetti e Ratinho Júnior

05 de novembro de 2018
Depois de duas semanas sem dar respostas, a governadora Cida Borghetti (PP) marcou para amanhã, no Palácio Iguaçu, uma reunião para tratar do processo de transição do governo do estado com o governador eleito, Ratinho Junior (PSD). Já em 17 de outubro, ele havia pedido para que o processo iniciasse oficialmente na última segunda feira (29), primeira depois do 2º turno da eleição presidencial. O prazo se esgotou e só em um encontro em Brasília, na semana passada, ficou acertada a criação de um novo cronograma. Cida definiu que o começo da transição seria só em 3 de dezembro, mas o prazo deve ser encurtado. A indefinição acabou repercutindo entre os deputados estaduais da base de Ratinho, que criticaram a demora. “Me parece que tem uma coisa bastante errada nisso. O povo do Paraná vai ter que esperar cinco semanas para saber os dados do governado do estado”, queixou-se Márcio Nunes, do PSD, em pronunciamento na Assembleia Legislativa. Ele comparou a situação com o governo federal que, mesmo com um segundo turno, já iniciou sua transição. O parlamentar foi além das queixas e disse que o governo está promovendo uma “vingança do pipoqueiro” contra políticos que fizeram campanha por Ratinho, e logo contra Cida. Segundo Márcio, na última semana verbas de convênios da Sedu (Secretaria Estadual do Desenvolvimento Urbano), que seriam destinadas para prefeituras das suas bases, estão sendo cortadas. “Mas o povo já deu recado que não quer mais esse toma lá, da cá”. DEFINIÇÕES Antes mesmo da transição começar, Ratinho negociou com deputados da bancada federal e obteve o compromisso da aplicação de R$ 40 milhões em emendas para segurança ano que vem. Eles serão aplicados no programa “Olho Vivo”, de monitoramento por câmeras de segurança. O governador eleito também pretende aprovar, ainda neste ano, um projeto de lei para facilitar as PPPs (Parcerias Público Privadas), mas o texto ainda não foi apresentado.
PB Agência Web