GERAL
Pai mata bebê após deixá-lo com quatro costelas quebradas e traumatismo craniano
28 de março de 2019
O bebê Yago Lourenço, de 3 meses, foi morto pelo próprio pai nesta terça-feira, em Andradas, no Sul de Minas Gerais. O exame de necropsia indicou que o menino ficou com quatro costelas quebradas e teve traumatismo craniano. Os pais, Alexandre Montanholi, de 23 anos, e Ana Carolina Lourenço Cândido, de 19 anos, foram presos em flagrante nesta quarta-feira.
Inicialmente, o casal foi conduzido à delegacia do município para prestar esclarecimentos. O hospital que atendeu o bebê tinha percebido lesões no crânio e no abdômem, indicando que sua morte não foi natural. Enquanto os pais de Yago tinham acesso a seus celulares, eles publicaram mensagens de luto em suas redes sociais.
"Gente, estou aqui para anunciar uma perda inestimável. Eu minha esposa estamos muito tristes hoje (quarta-feira). Com apenas 3 meses de vida perdi meu filho que faleceu esta manhã em Andradas com uma parada cardíaca", escreveu Alexandre em seu perfil.
Ana Carolina, por sua vez, foi mais sucinta e afirmou: "Hoje o dia amanheceu muito triste. Acabei de perder meu filho".
Pouco depois, começaram a receber uma enxurrada de comentários de pessoas revoltadas com a forma como a criança morreu.
Durante o interrogatório, a mãe, que estava em casa, revelou o que aconteceu. Ela foi presa por ter se omitido e, assim como o marido, foi autuada por homicídio qualificado.
De acordo com o delegado Fabiano Roberto Mazzarotto Gonçalves, Alexandre alegou que estava "estressado" porque "não aguentava o choro" do filho. Gonçalvez disse que a criança teria sido espancada das 19h às 22h desta terça-feira. A criança era o primeiro e único filho do casal, que foi levado para um presídio em Andradas.
Gonçalves contou que vizinhos da família já haviam notado que a criança chorava muito e então acionaram o Conselho Tutelar, que foi ao local nos primeiros dias de março, mas não verificou nenhum tipo de lesão no bebê e continuaria a acompanhar o caso. Os vizinhos e conselheiros estão sendo ouvidos na delegacia. O inquérito deve ser concluído num período de dez dias e então Alexandre e Ana Carolina serão indiciados.