Por motivo das fortes noites geladas na capital gaúcha, o Internacional abriu o gigantinho para receber desabrigados. A ação é bem vista até mesmo pelo Grêmio que resolveu entrar no espírito solidário com os moradores de ruas e encheu dois ônibus com colchonetes, agasalhos e mantimentos para os moradores de ruas.
Diante disso, Alan Barroso Vieira 29 anos, professor e acadêmico de Direito, atualmente trabalhando na Secretaria de Educação do município de Mangueirinha no Paraná, sentou em frente seu computador e durante alguns minutos na manhã desta sexta-feira desenvolveu o poema que vem chamando atenção nas redes sociais:
“Esfriou aqui no sul
Frio de “renguear cusco”,
Mas vi algo muito lindo
Confesso, levei um susto.
Pra todos que precisam
Neste dia muito gelado,
Levanta-se um gigante
Codinome Colorado.
Aqueles que moram na rua
Sem rumo, sem caminho,
Não te sinta abandonado
Segue lá pro Gigantinho.
Coisa de ser humano
Feito de coração,
Tu se mostra um gigante
Quando ajuda teu irmão.
Tua história é monstruosa
Feita de gente bagual,
Lembra equipe que te trouxe
O tão sonhado Mundial.
Independente de opinião
Sem clubismo ou vaidade,
Tem lugar certo no céu
Quem age com caridade.
Enquanto escrevia o poema
Senti um certo arrepio,
A Deus eu sempre agradeço
Era de emoção, não de frio.
Que isso sirva de lição
Quem muda o mundo, é a gente!
Sigo um pouco mais feliz
Meu Colorado é diferente.”
– Alan Barroso Vieira
Após isso, enviou para a fan page “Gigante Colorado da Beira Rio” onde o poema ganhou compartilhamentos e curtições. Muitos comentários com elogios e parabenizando o criador do poema e também ao Internacional pela ação desenvolvida no Gigantinho.
O mesmo morador do Paraná, gostou do que viu e achou que também deveria criar um outro poema contando a história da bonita ação entre os dois clubes rivais que deixaram a rivalidade de lado.
Confira abaixo o novo poema:
Ah se a vida fosse feita
De “canha”, carne, chimarrão,
Poesia, gaita aberta,
Gente boa e violão.
Mas de novo, outra surpresa
E que ninguém me leve a mal,
São as boas ações unindo
Peleias históricas do Grenal.
Não tem como negar
A gente fica emocionado,
Na cancha a gente briga
Mas depois anda abraçado.
“Até a pé nós iremos”
Medo, não há nesse dialeto,
“Feitos relevantes”
Unidos por quem não tem teto.
Que isso sempre aconteça
Duas potências mundiais,
E quando a causa for nobre
Esqueçam que são rivais.
Um, não vive sem o outro
Outro, não é nada sem o um,
Mas se for pra ajudar
O pensamento é comum.
Outros clubes me desculpem
Muito, não quero me gabar,
O mundo está muito mudado
Precisamos nos ajudar.
Num lapso de pensamento
Do Rio Grande tão querido,
Não fosse esses dois clubes
Do sul teriam esquecido.
Pra quem não está gostando
Desses versos de união,
Sou Colorado e tenho “amigo”
Tricolor como um irmão.
Foi tão belo o feito da dupla
E por ver tanta gente contente,
O vizinho alvirubro fez igual
É o Clube Atlético River Plate.
Assim, eu digo e repito sem medo
Pois o tempo não espera,
E que “sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra”
– Alan Barroso Vieira
Informações - Revista Colorada