A geada e as baixas temperaturas da semana que passou em cidades da região de Curitiba causaram redução na produção de hortaliças. Por isso, houve um aumento repentino nos preços dos produtos aos consumidores. De acordo com dados da Centrais de Abastecimento do Paraná (Ceasa), a abóbora, o chuchu e a vagem tiveram os reajustes maiores, chegando a 100% na semana. Os preços da couve-flor e da alface crespa aumentaram em mais de 50% em três dias. Nesta quinta-feira (11), segundo a Ceasa, a alface já teve o preço normalizado e isso deve ocorrer com os demais produtos em no máximo dez dias.
Entre sexta-feira (5) da semana passada e quinta-feira (11), o preço da caixa de alface comum teve aumento de 66%, passando de R$ 12 para R$ 20, assim como no caso do brócolis, cuja caixa, na Ceasa, também teve aumento de R$ 12 para R$ 20, em média, dependendo do distribuidor. Após as geadas e temperaturas mínimas negativas por pelo menos três dias, o morango subiu de R$ 12 para R$ 16 a caixa. Segundo os produtores, as flores do morango queimaram e, sem elas, não se produz novos frutos.
De acordo com o técnico em comercialização de abastecimento, Antonio Evandro Pilati, da Ceasa de Curitiba, o preço da alface foi o primeiro a baixar após a alta causada pela geada. “A alface já está estabilizada. O preço já baixou de novo porque o produto é bastante cultivado em estufas. O couve-flor vai ainda mais umas duas semanas, porque a geada pegou um lote pronto, então, até formar outro lote, ainda vai mais duas semanas”, explica.
Frio intenso pode afetar outras culturas no Estado
Os legumes são sempre os mais afetados. “Abobrinha chuchu e vagem. O tomate e a cebola já estavam com preços elevados antes das geadas, por causa da entressafra. No caso das folhosas, no caso de couve-flor, brócolis e alface, começa e recuperar em cerca de 10 dias. Também vai baixando, até no caso da alface, porque aumenta também a oferta vinda de outros estados e do nosso litoral”, pondera.
Em todo o Paraná, também há variações relacionadas ao clima e à geada. A expectativa no Estado era de uma colheita de mais de 3 milhões de toneladas de trigo, por exemplo, gerando uma receita de R$ 2,4 bilhões. O frio deve frustrar a expectativa mais otimista do Paraná, maior produtor de trigo do País. O porcentual exato da nova expectativa de receita ainda deve demorar em torno de dez dias. A variação, entretanto, também é considerada comum, pela mudança de estação, no Paraná todo.
Informações - Bem Paraná