O desaparecimento do jovem Edinaldo de Assis Trindade, de 22 anos, teve um desfecho trágico na noite desta terça-feira (15). O corpo dele foi encontrado nas águas do Alagado do Iguaçu, na aldeia indígena Guarani, no limite entre os municípios de Chopinzinho e Mangueirinha, mais especificamente na Ponte do Lageado. O achado do corpo se deu partir da localização da moto de Edinaldo, uma Yamaha Fazer, na tarde de segunda-feira (14).
Desde então, as policias Civil e Militar, com ajuda de familiares, passaram a realizar buscas nas margens do rio na tentativa de encontrar algum vestígio dele. No início da tarde de terça-feira, a Polícia Civil esteve no local acompanhada de Bombeiros para verificar a possibilidade de o corpo estar no mesmo ponto onde a moto foi localizada. Devido à estiagem, o nível da água diminuiu cerca de 20 metros, tornando mais fácil a visibilidade. Apesar da averiguação, nada foi encontrado e havia sido agendado mergulho para buscas na quinta-feira (17).
No entanto, no final da tarde desta terça, familiares do jovem acionaram a polícia informando terem avistado alguns sacos dentro da água. Também relataram que um deles havia sido puxado até a margem, sendo encontrado o tênis de propriedade de Edinaldo. Diante da suspeita, a Polícia Civil retornou ao local acompanhada das Polícias Militar e Cientifica (IML e Criminalística). Também foi acionada uma equipe do Corpo de Bombeiros, composta por mergulhadores, que fez buscas e localizou outros sacos. Ao todo, foram retirados da água seis sacos, amarrados em três pares. Desses, um estava cheio de pedras e areia e os demais com partes do corpo do rapaz, que foi esquartejado. Devido ao estado de decomposição, o corpo foi recolhido ao IML de Pato Branco para identificação oficial.
Dona Emília Eufrásio, mãe de Edinaldo, afirmou em entrevista à Extra FM que o tênis é realmente de seu filho, que havia desaparecido no dia 27 de julho. Mesmo abalada, disse que pediu todos os dias para Deus lhe mostra ronde estava o filho, vivo ou morto. ?Eu disse Deus, se nosso pai se meu filho estiver vivo, mostre ele pra mim, ou se aconteceu alguma coisa com meu filho mostre da mesma forma e me de coragem, e hoje cedo eu recebi essa notícia né da moto dele, daí a gente foi pra Coronel e depois viemos pra cá, onde estamos até agora, sem café, sem almoço e também sem jantar?, contou.
A mãe relata que tem algumas desconfianças da autoria e confia na justiça dos homens e na justiça divina. ?Quem fez isso com meu filho, mais cedo ou mais tarde vai pagar. O que ele fez aqui vai pagar aqui mesmo. Esse que fez isso, não tem coração. Bicho que é bicho mata e come, eles podiam ter feito o mesmo se tinham raiva do meu filho, não precisa jogar ele desse jeito, ou matasse ele e não picasse?, desabafou.
Apesar das circunstâncias do crime, dona Emília disse que está tranquila, por que a agonia acabou e agora poderá sepultar o filho. A Polícia Civil de Chopinzinho segue com a investigação para apurar a autoria e a motivação do crime. O delegado Breno Machado de Paula pede auxílio da população para elucidar o caso. Se alguém tem alguma informação, pode denunciar através dos telefones 197, 3242 ? 1446 ou 190. Todas as ligações serão mantidas em sigilo.
Informações - Evandro Artuzi/Extra FM