Quando o assunto é consumo, muitas vezes enganamos nosso lado racional, criando armadilhas, mentiras, para justificar gastos excessivos ou desnecessários.
Uma dificuldade enorme para o brasileiro é: poupar. Poupança é diferimento de consumo. É deixar de consumir hoje para poder ter dinheiro para consumir no futuro. Esse nosso vício econômico tem duas origens: a nossa cultura ibérica e a inflação. A cultura ibérica nos induziu, sempre, a esperar do governo e deixar com ele o futuro. Quando chegar a hora, ele dá um jeito. Não é assim?
E décadas de inflação estratosférica nos forjaram a pensar só em conseguir passar o mês, a olhar só no curto prazo. Não aprendemos a fazer e cumprir um orçamento, a planejar e a saber a importância e o valor do dinheiro, pois ele já não tinha o mesmo valor no dia seguinte.
Além disso, não se ensina finanças pessoais nas escolas do país que tem a maior taxa de juros do planeta. E a cultura ibérica e a inflação persistente, que faz com que o dinheiro do dia anterior compre menos no dia seguinte, nos induzem a viver o agora, a pensar só no curto prazo.