O Brasil registrou mais de 2,3 milhões de tentativas de golpes financeiros no primeiro semestre de 2021, segundo reportagem da IstoÉ Dinheiro. A média de um ataque a cada seis segundos serve de alerta para quem realiza transações on-line: é preciso se proteger dos bandidos!
As táticas variam, mas os objetivos são basicamente os mesmos. O que os golpistas querem é tirar dinheiro das vítimas – ou, pelo menos, roubar informações bancárias para cometer novas fraudes.
O artigo de hoje apresenta alguns desses esquemas. A seguir, veja como as armadilhas funcionam e aprenda dicas para não cair nelas.
Uma cartilha da Polícia Civil de Santa Catarina detalha 17 tipos de golpes financeiros bastante comuns. Alguns são velhos conhecidos da população, como o golpe do bilhete premiado ou o golpe do falso sequestro. Porém, com o avanço das tecnologias digitais, os ataques ganharam novas roupagens. Acompanhe alguns exemplos:
Nesse tipo de abordagem, o cibercriminoso se passa por uma instituição legítima. Pode ser uma loja anunciando o resultado de uma promoção, ou um banco avisando que existe uma dívida ativa no nome da vítima. Tudo falso, é claro.
A empresa fajuta envia um link via mensagem. A pessoa, então, clica e preenche um cadastro para “confirmar dados” como CPF e número da conta bancária. Pronto: em posse dessas informações sensíveis, a quadrilha pode aplicar novos golpes.
Um dos objetivos dos esquemas de phishing é roubar identidades. Os dados pessoais de terceiros poderão ser usados, por exemplo, para receber auxílio do INSS indevidamente. Também há casos em que os golpistas solicitam empréstimos e não pagam as prestações, deixando as vítimas com o nome sujo.
Se o cadastro falso envolve número e senha do cartão de crédito, pode ter certeza de que os bandidos vão às compras. Esses dados serão aproveitados em lojas on-line. Geralmente, a intenção é adquirir itens de alto valor, como televisores e celulares de última geração.
Há, ainda, os golpes financeiros que prometem dinheiro fácil. Você aplica uma quantia inicial num negócio supostamente lucrativo, depois recruta parentes e amigos para participarem do investimento… E nada de retorno. A essa altura, a famigerada pirâmide já ruiu e os fundadores da companhia sumiram com a grana.
Na internet, vale desconfiar de gente que promete “rentabilidade acima do mercado” ou “rendimento alto sem risco”. Esses são sinais evidentes de fraude.
A lista de armadilhas nunca para de crescer. Cada vez que surge uma nova tecnologia de pagamento, como o Pix ou o WhatsApp Pay, os criminosos encontram formas diferentes de faturar em cima da ingenuidade das vítimas.
Portanto, a vigilância deve ser constante. Confira abaixo algumas dicas que vão ajudar você a se proteger dos golpes:
1. Desconfie de mensagens recebidas por WhatsApp ou SMS, principalmente se elas tiverem um link estranho. Esse é o mecanismo mais fácil para obter dados sensíveis dos usuários.
2. Nunca clique nesses links nem compartilhe a mensagem com amigos. Alguns endereços eletrônicos, além de encaminhar para sites falsos, podem deixar seu dispositivo vulnerável a vírus e malwares.
3. Jamais forneça informações pessoais por telefone, principalmente senhas. Bancos, lojas e outras empresas sérias não pedem a confirmação desses dados por via telefônica.
4. Caso você receba contato de alguém dizendo ser do banco ou da cooperativa de crédito, por exemplo, vá à agência para confirmar a informação. Se não puder sair de casa, use os canais oficiais de atendimento ao cliente.
5. Fuja de compras e negociações que exijam depósito antecipado de valores. Fuja mais rápido ainda se prometerem produto com preço abaixo da tabela ou investimento com lucros exorbitantes.
6. Verifique a credibilidade das instituições. Bancos, cooperativas de crédito e financeiras devem ter registro no Banco Central. Basta uma pesquisa rápida no site para ver se a organização está regularizada.
7. Ao fazer transações financeiras pelo aplicativo do celular, utilize o Wi-Fi de sua casa. As redes públicas são mais suscetíveis a ataques cibernéticos.
Se você for vítima de um golpe financeiro, vá à delegacia mais próxima e registre um boletim de ocorrência. Também é possível fazer esse procedimento pelo site da Polícia Civil de seu estado.
Em caso de clonagem do WhatsApp, quando os criminosos fingem ser outra pessoa para pedir dinheiro a terceiros, é importante denunciar essa situação à própria plataforma. A melhor via de contato é o e-mail: suporte@whatsapp.com.
Lembre-se, ainda, de avisar à família e aos parentes próximos para todo mundo ficar alerta. Isso pode evitar que mais gente passe pelo mesmo transtorno no futuro. Combinado?
Esperamos que o conteúdo de hoje tenha sido útil. Para outros artigos sobre educação financeira e investimentos pessoais, continue acompanhando o Diário Reservense. Até a próxima!