GERAL

Senadores paranaenses são contra modernização das leis trabalhistas

13 de julho de 2017
A aprovação da reforma trabalhista no Senado Federal representa um marco para a legislação brasileira. A medida, que vai garantir a modernização das relações de trabalho no país, foi comemorada por empresários e pelo setor produtivo. Porém, a posição dos senadores paranaenses chamou a atenção. Os representantes do Paraná votaram contra o projeto e, consequentemente, contra benefícios aos trabalhadores. Gleisi Hoffmann (PR), Roberto Requião (PMDB) e Álvaro Dias (Pode) não votaram a favor da reforma. Gleisi, inclusive, tumultuou o andamento da sessão ao ocupar a Mesa do Senado na companhia de outras seis senadoras. O impasse durou quase sete horas – com direito ao plenário ter ficado no escuro - até que a votação foi realizada e garantiu a modernização das relações de trabalho no país. Entre as principais evoluções proporcionadas pela reforma trabalhista está a flexibilização da relação entre patrão e empregado. Será possível determinar jornadas de trabalho menos engessadas, bem como contratações para atividades e períodos diferenciados. Desta forma, a expectativa é que o número de contratações aumente. “O que se criou foi uma flexibilização que não tínhamos, mas que é muito importante. Hoje temos uma legislação truncada”, destaca o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) e coordenador do conselho temático de relações do trabalho, Carlos Walter Martins Pedro. De acordo com ele, a mudança na legislação era uma necessidade antiga e prejudicava a competitividade do mercado nacional. “De direito não se tirou nada, todos os direitos estão preservados: salários, carga horária, 13º salário, fundo de garantia, estão preservados”, garante ele que ainda pontua que a inovação acontece também ao fortalecer as negociações coletivas entre sindicatos e empresários. Mercado competitivo Para os empresários, a medida garante maior competitividade além de legalizar a situação de muitos trabalhadores que não têm carteira assinada. "Temos viajado muito mundo afora e é impressionante o gap do Brasil em relação ao resto do mundo em termos de relações de trabalho", avalia o presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Velloso Dias Cardoso. "Hoje, o Brasil só atrai investimentos em áreas de baixo valor agregado ou naqueles setores ligados a recursos naturais. A primeira coisa que o investidor estrangeiro olha é a questão trabalhista."
PB Agência Web