GERAL
"Fique de olho": preços dos combustíveis já estão mais altos
21 de julho de 2017
Os postos de combustíveis do Paraná já estão com preços mais elevados para os combustíveis, após o anúncio de aumento de impostos que incidem sobre estes produtos. Na manhã desta sexta-feira (21), os preços ainda apresentavam diferenças, mas na maioria dos postos já eram superiores do que os verificados nesta quinta-feira (20).
A diferença no valor do combustível pode chegar a R$ 0,41. O governo federal anunciou o aumento dos tributos com objetivo de arrecadar R$ 10 bilhões e cumprir a meta fiscal, de déficit primário de R$ 139 bilhões. O escolhido pelo governo foi o PIS/Cofins sobre gasolina, diesel e etanol.
Os paranaenses devem pesquisar bastantes antes de abastecerem seus veículos e ficarem atentos ao valor apresentados nos postos. Em Curitiba, por exemplo, o litro da gasolina estava custando cerca de R$ 3,09. Nesta sexta-feira, os postos mostravam a tabela de R$ 3,39 e R$ 3,69 para o litro deste combustível. Mas ainda há estabelecimentos "sem bandeira" com os preços antigos.
O Sindicombustíveis, sindicato que representa os postos de combustíveis, emitiu uma nota nesta sexta-feira sobre a mudança nos preços:
"Neste cenário de grandes dificuldades que o país atravessa, o Sindicombustíveis-PR vê com grande preocupação a elevação de impostos anunciada pelo governo federal.
O aumento do PIS/Cofins, na dimensão em que foi realizado, mais que dobrando seu valor no caso da gasolina, terá inevitavelmente grande e imediato reflexo nos preços. Se por um lado as distribuidoras de combustíveis em geral repassam os aumentos de impostos com agilidade, por outro a margem de lucro praticada pela ampla maioria dos postos é menor que o próprio aumento.
A revenda de combustível é um dos setores do comércio que trabalha com as menores margens de lucro devido à grande concorrência entre as empresas. Num cenário de recessão há mais de dois anos, grande parte dos postos opera com estoques baixos, devido ao alto custo do capital de giro. Assim, a renovação de estoque é feita praticamente todos os dias.
Salientamos, ainda, que a carga de impostos sobre os combustíveis no Brasil já é extremamente pesada. No caso da gasolina, os tributos estaduais e federais representam cerca de 50%.
Entendemos, por fim, que o aumento da carga tributária é especialmente prejudicial num quadro de recessão, pois transfere recursos do setor privado para o público. Perdem todos. Empresas, consumidores e a sociedade em geral."