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Famílias de jornalistas entram com ação contra a Chapecoense

07 de fevereiro de 2017
A Chapecoense pode ser ver na Justiça muito em breve. Familias de sete jornalistas que faleceram na tragédia que envolveu a delegação da equipe no final de novembro, na Colômbia, estudam processar o clube por alegar que este teria parte da responsabilidade pelos acontecimentos que levaram ao acidente com o avião que levava o time, profissionais da imprensa e convidados. De acordo com o jornal Estado de São Paulo, as famílias, representadas pelo advogado João Tancredo, alegam que a Chape não tem culpa do acidente, mas é responsável por ter feito o contrato para que a LaMia, empresa dona do avião que transportava a delegação, levasse o time até a Colômbia. “A Chapecoense tem que ser processada, não tem jeito. Foi o clube que fretou a aeronave e fez o contrato com a empresa aérea. A Chapecoense tem responsabilidade sobre o transportado, ela teria que o deixar em seu destino”, disse Tancredo. O advogado afirmou ao jornal que pediu à Justiça no final de janeiro uma cópia do contrato feito pelo clube e a empresa aérea para saber se existia indenização em caso de um acidente com os passageiros, além de saber quem foram os responsáveis pelo pagamento das passagens dos jornalistas, para definir se as empresas que detinham contrato com as vítimas também tem responsabilidade no caso. “Quero saber quem ficou responsável pela indenização, em casos de acidente. Teria que ser feita uma apólice de seguro em nome dos passageiros, ela é obrigatória. E essas famílias (dos jornalistas) não receberam nada até agora. A chance de algumas pessoas não receberem nada é enorme”, justificou João Tancredo. Luiz Antônio Palaoro, vice-presidente jurídico da Chape, declarou que o time não tem responsabilidade sobre o acidente e cobrou das vítimas uma união para buscar as reparações causadas pela tragédia. “O advogado está no direito de fazer o que ele quiser, mas não somos responsáveis pelo acidente, somos vitimas também. O ideal é nos unirmos para brigar com as seguradoras, a companhia aérea e o governo boliviano. Conclamamos as famílias para unir forças. O clube não é responsável direto. O clube se ofereceu a levar os jornalistas porque havia assentos vagos, mas ninguém foi obrigado a entrar no voo”, disse.
PB Agência Web