Prefeito de Caxias do Sul liga para médico que faltou ao trabalho

Um vídeo divulgado no Facebook mostra o prefeito de Caxias do Sul, Daniel Guerra, telefonando para um médico que não compareceu ao trabalho, em um posto de saúde da cidade da Serra. A ligação foi feita em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) na quinta-feira (2) e viralizou nas redes sociais. "Você poderia me dizer qual é o motivo da sua ausência aqui na UBS? É o seu dia de plantão, tem 16 pacientes na sua agenda, e o senhor não está aqui atendendo (...) Seu salário está em dia", disse Guerra ao médico. O vídeo foi publicado na página da prefeitura de Caxias no Facebook. No começo da noite desta sexta-feira, a publicação já tinha mais de 142 mil visualizações e 5.367 compartilhamentos. Os médicos do município realizam uma paralisação de três dias, iniciada na quarta-feira. Os profissionais exigem que a prefeitura negocie o cumprimento da carga horária e reajuste salarial da categoria. Atualmente, a prefeitura tem no seu quadro 342 médicos. Desde o dia 1º de março, os profissionais devem cumprir a jornada de trabalho integralmente e bater o ponto biométrico. Segundo o jornal Pioneiro, os servidores que aderiram à mobilização afirmam que voltam ao trabalho na segunda-feira, mas continuarão atendendo por cotas, sem cumprir a carga horária, que é o exigido pela prefeitura. https://youtu.be/qj9bUHpu8u8 Em entrevista ao programa Estúdio Gaúcha, o prefeito afirmou que "fez o que qualquer gestor responsável faria". Sobre a informação transmitida pelo Sindicato dos Médicos de Caxias do Sul de que pelo menos 20 profissionais devem pedir exoneração a partir de segunda-feira, Guerra foi categórico e disse que vê, inclusive, de maneira positiva a saída dos profissionais. "Eu fico feliz que tenham acolhido o pedido que fiz hoje pela manhã, onde fomos claros que iremos cumprir a lei e exigir que respeitem a população e propus que mais que uma obrigação legal, eles tenham clareza do compromisso, da carga horária e função, por isso aqueles servidores que não compreendessem que pedissem a exoneração. Ficamos satisfeitos que novos médicos poderão ser chamados e com muita vontade de trabalhar", disse.