RESERVA DO IGUAÇU

Casal Reservense comemora 45 anos de histórias no interior de Reserva do Iguaçu

14 de abril de 2020

Nossa equipe esteve recentemente na Comunidade de Santo Antão, onde em conversa descontraída conhecemos um pouco da história de vida do senhor Sebastião e Dona Lica. O casal completou em janeiro deste ano, 45 anos de residência na comunidade. Hoje, eles são os personagens de mais uma edição do quadro Destaque Reservense.

História

Essa história começa em janeiro de 1975, quando chegaram à Comunidade de Santo Antão. Na época interior do município de Pinhão.Sebastião Correia nasceu no dia 8 de julho de 1945, dona Elinez (Lica) sua esposa, nasceu no mesmo dia e mês, cinco anos mais tarde, em meados de 1950 na localidade de Faxinal do Céu.

O casal se aproximou ainda na infância, nessa época os pais de seu Sebastião prestavam serviço na propriedade dos pais de dona Lica. O convívio na infância entre os dois não foi por acaso, logo o jovem casal começou a namorar e quando dona Lica completou 17 anos os dois se casaram.

Em 1969 mudaram para município de Guaraniaçu permanecendo lá por três anos, retornando a Pinhão em meados de 1972. Após mais um tempo em Faxinal do Céu o casal decidiu seguir um novo rumo e em 1975 vieram para a Rondinha na comunidade de Santo Antão, onde residem até os dias atuais.

Comunidade de Santo Antão

Foi na Comunidade de Santo Antão que os dois firmaram raízes, da união matrimonial nasceram os filhos Silvio José, Noeli Aparecida, Sebastiana Derli e Sueli. O casal possui atualmente quatorze netos e oito bisnetos.

“Eu levantava às 5 horas da manhã, arrumava enxada, foice e ia pra lida. Naquela época vendia milho em espiga para o Pedro e o João Wolbert. Agradeço a Deus por sempre ter me proporcionado boa saúde, isso foi essencial para que pudesse trabalhar e nunca deixar faltar nada para meus filhos. Os tempos mudaram e a geração foi ficando fraca, naquele tempo o esforço era fora do normal, trabalhava-se com chuva ou sol, fator que fez muitas pessoas chegarem a certa idade com várias dores no corpo. Hoje vejo jovens que se queixam de ‘dores’ sem ao menos ter trabalhado na roça.” Conta seu Sebastião.
“Plantávamos feijão, arroz e criávamos porco, galinhas e vaca para o consumo de leite, eu sempre tive minha horta, tirando dela temperos, remédios, legumes e verduras, todos de forma natural, sem nada de agrotóxico.” Lembra dona Lica.

Anos 70 e 80

Os filhos do casal participavam diariamente nos afazeres domésticos, ajudando em casa no horário contrário que estudavam.  As aulas eram ministradas pela professora Terezinha Ribeiro de Lima (In memoriam) em um grupo escolar da comunidade.

Relembram que as estradas eram feitas com um trator de esteira, que na época o funcionário vinha de Pinhão e ficava até duas semanas na comunidade. Para chegar até a estrada principal, a família passava por estrada “feita a facão”.  Os produtos que não eram cultivados na propriedade, compravam na “bodega do Nhô Lau”, já as roupas e calçados encontravam na “venda” do Senhor Sebastião Moraes ou na sede do Pinhão.

Amor pelo Município

Reserva do Iguaçu desmembrou­-se de Pinhão em meados de 1996, devido à distância de Rondinha ao Pinhão, muitas coisas se tornavam difíceis, porém mesmo com dificuldades, a vida tinha seus momentos de alegria e muita diversão. Íamos para Pinhão em cima de uma caminhonete de vizinho (única condução). Reuníamos com os amigos nas festas da comunidade e/ou casa de amigos em datas comemorativas e finais de ano.

“Quando saiu a notícia de que Rondinha ia virar município, não acreditei muito, mas aconteceu e, hoje dou valor ao lugar onde moro, mesmo tendo muito a melhorar. Porém comparando o antes e o agora, podemos dizer que já é muito bom”. Lembra dona Lica.

O casal esbanja de boa saúde, lidam na lavoura até os dias atuais, são devotos de Nossa Senhora Aparecida, são humildes e batalhadores, trazem no peito o orgulho de ter vencido cada obstáculo da vida e ter chegado até aqui, seu Sebastião e dona Lica são destaques, são filhos desta terra, são uma família tradicional e por isso estão no Diário Reservense. Até a próxima pessoal!

Informações - Lorival Lima/Diário Reservense

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