As aplicações em renda fixa são uma opção mais conservadora para obter rendimentos financeiros. Por isso, podem abrir um caminho seguro a quem quer investir dinheiro, mas ainda não tem muita experiência. É o seu caso? Então fique conosco para conhecer melhor as possibilidades.
Investimentos em renda fixa são aqueles que têm regras definidas previamente. Quando você faz o aporte, já sabe quais serão o prazo para o resgate e a taxa usada para calcular o rendimento.
Na prática, comprar um título desses significa “emprestar” dinheiro a uma instituição. O valor retorna com juros depois de um tempo, o que ajuda a ampliar o patrimônio financeiro.
Como você já conhece as condições da transação desde o início, fica bem fácil calcular o retorno. Dessa forma, o negócio se torna mais previsível que os papéis da renda variável.
Há várias aplicações em renda fixa que você pode escolher. Abaixo listamos alguns dos exemplos mais populares. Confira!
A caderneta de poupança existe no Brasil desde o império. Ela é uma aplicação popular porque não tem taxas nem incidência de Imposto de Renda (IR). Além disso, permite aplicar e sacar dinheiro a qualquer hora, sendo útil para você montar uma reserva de emergência. Só que a remuneração, definida por lei, costuma ser baixa.
Nesse sistema você adquire títulos públicos. Em outras palavras, empresta dinheiro para o governo. Trata-se de uma alternativa bastante segura, visto que o credor é justamente a entidade que imprime dinheiro no país. Assim, as chances de calote são mínimas.
Essas são as siglas para Recibo de Depósito Cooperativo e Certificado de Depósito Bancário. No caso, os títulos da dívida são emitidos por instituições financeiras. A exemplo da poupança e de outros investimentos em renda fixa, eles são protegidos pelo Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCOOP) e Fundo Garantidor de Créditos (FGC), respectivamente.
Isso significa que você pode receber até R$ 250 mil da aplicação de volta, mesmo que a instituição vá à falência. Por outro lado, os rendimentos são tributados pelo IR.
São as Letras de Crédito Imobiliário e as Letras de Crédito do Agronegócio, respectivamente. Aqui a instituição financeira deve ter alguma relação com esses ramos de atividade.
Os debêntures são títulos de renda fixa de empresas. Os créditos negociados nesse mercado ajudam a financiar grandes projetos da iniciativa privada, como a construção de uma nova planta fabril. Por esse motivo, costumam ter um vencimento mais longo. Às vezes, só é possível sacar os valores depois de cinco ou dez anos.
Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e do Agronegócio (CRA) são uma espécie de transferência de dívida. Para ilustrar, imagine uma construtora que vendeu um imóvel parcelado. Como a empresa precisa de capital logo, ela transforma o valor num CRI para receber tudo de uma vez. Aí o pagamento do parcelamento passa para os investidores, que recebem aos poucos, com juros.
Esse é um processo chamado de securitização. Vale lembrar que títulos de CRI e CRA são isentos de Imposto de Renda, mas não estão assegurados pelo FGC.
Os ganhos da renda fixa variam de acordo com o tipo de investimento. Esse cálculo ainda pode mudar conforme as regras definidas de antemão. São três os formatos possíveis, a saber:
Aqui os juros são estabelecidos no lançamento da aplicação. Logo, você consegue saber exatamente quanto receberá, pois não há variações. Pode-se trabalhar, por exemplo, com uma taxa de 2% ao mês, então é possível calcular e prever o valor final.
Na remuneração pós-fixada, usa-se um indicador de referência. Pode ser a taxa Selic – a taxa básica de juros do Brasil – ou outro índice estabelecido pela instituição.
Nessa hipótese, o valor do título será reajustado com base no indicador. Se a Selic subir, os juros da aplicação também ficarão mais altos, de modo que não dá para saber previamente quanto a aplicação renderá.
Há produtos que misturam remunerações pré e pós-fixadas. É o que ocorre com alguns títulos atrelados à inflação: eles pagam uma taxa prefixada, mais a variação do índice de referência (IPCA ou outro).
A maneira certa de investir em renda fixa é procurando uma cooperativa de crédito, um banco, uma corretora ou uma plataforma de investimentos que ofereça essas opções. Verifique se a organização está autorizada pelo Banco Central, o que confere mais segurança ao processo. Depois, basta se informar sobre as aplicações disponíveis.
Lembre-se de que estamos falando de opções conservadoras. Elas apresentam retornos previsíveis e oferecem risco baixo de investimento. Porém, a contrapartida pode ser uma rentabilidade igualmente baixa. Talvez demore alguns anos até você perceber um retorno significativo.
Sendo assim, fica a dica: diversifique a carteira de investimentos e mantenha o hábito de poupar. Não basta escolher um título de renda fixa e guardar dinheiro ali esperando o milagre da multiplicação. É necessário fazer aportes todo mês para ampliar seu patrimônio.
Curtiu? Esperamos que o conteúdo de hoje tenha sido útil. Continue acompanhando o blog da Cresol para mais informações sobre investimentos e finanças pessoais. Até a próxima!