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Renda fixa: o que é e como investir?

09 de julho de 2021

As aplicações em renda fixa são uma opção mais conservadora para obter rendimentos financeiros. Por isso, podem abrir um caminho seguro a quem quer investir dinheiro, mas ainda não tem muita experiência. É o seu caso? Então fique conosco para conhecer melhor as possibilidades.

O que é renda fixa?

Investimentos em renda fixa são aqueles que têm regras definidas previamente. Quando você faz o aporte, já sabe quais serão o prazo para o resgate e a taxa usada para calcular o rendimento.

Na prática, comprar um título desses significa “emprestar” dinheiro a uma instituição. O valor retorna com juros depois de um tempo, o que ajuda a ampliar o patrimônio financeiro.

Como você já conhece as condições da transação desde o início, fica bem fácil calcular o retorno. Dessa forma, o negócio se torna mais previsível que os papéis da renda variável. 

Quais são os tipos de investimento em renda fixa?

Há várias aplicações em renda fixa que você pode escolher. Abaixo listamos alguns dos exemplos mais populares. Confira!

Poupança

A caderneta de poupança existe no Brasil desde o império. Ela é uma aplicação popular porque não tem taxas nem incidência de Imposto de Renda (IR). Além disso, permite aplicar e sacar dinheiro a qualquer hora, sendo útil para você montar uma reserva de emergência. Só que a remuneração, definida por lei, costuma ser baixa.

Dica: Como fazer uma reserva de emergência

Tesouro Direto

Nesse sistema você adquire títulos públicos. Em outras palavras, empresta dinheiro para o governo. Trata-se de uma alternativa bastante segura, visto que o credor é justamente a entidade que imprime dinheiro no país. Assim, as chances de calote são mínimas. 

RDC e CDB

Essas são as siglas para Recibo de Depósito Cooperativo e Certificado de Depósito Bancário. No caso, os títulos da dívida são emitidos por instituições financeiras. A exemplo da poupança e de outros investimentos em renda fixa, eles são protegidos pelo Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCOOP) e Fundo Garantidor de Créditos (FGC), respectivamente. 

Isso significa que você pode receber até R$ 250 mil da aplicação de volta, mesmo que a instituição vá à falência. Por outro lado, os rendimentos são tributados pelo IR.

LCI e LCA

São as Letras de Crédito Imobiliário e as Letras de Crédito do Agronegócio, respectivamente. Aqui a instituição financeira deve ter alguma relação com esses ramos de atividade.

Debêntures

Os debêntures são títulos de renda fixa de empresas. Os créditos negociados nesse mercado ajudam a financiar grandes projetos da iniciativa privada, como a construção de uma nova planta fabril. Por esse motivo, costumam ter um vencimento mais longo. Às vezes, só é possível sacar os valores depois de cinco ou dez anos.

CRI e CRA

Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e do Agronegócio (CRA) são uma espécie de transferência de dívida. Para ilustrar, imagine uma construtora que vendeu um imóvel parcelado. Como a empresa precisa de capital logo, ela transforma o valor num CRI para receber tudo de uma vez. Aí o pagamento do parcelamento passa para os investidores, que recebem aos poucos, com juros.

Esse é um processo chamado de securitização. Vale lembrar que títulos de CRI e CRA são isentos de Imposto de Renda, mas não estão assegurados pelo FGC.

Qual é a rentabilidade da renda fixa?

Os ganhos da renda fixa variam de acordo com o tipo de investimento. Esse cálculo ainda pode mudar conforme as regras definidas de antemão. São três os formatos possíveis, a saber:

Papéis prefixados

Aqui os juros são estabelecidos no lançamento da aplicação. Logo, você consegue saber exatamente quanto receberá, pois não há variações. Pode-se trabalhar, por exemplo, com uma taxa de 2% ao mês, então é possível calcular e prever o valor final.

Papéis pós-fixados

Na remuneração pós-fixada, usa-se um indicador de referência. Pode ser a taxa Selic – a taxa básica de juros do Brasil – ou outro índice estabelecido pela instituição.

Nessa hipótese, o valor do título será reajustado com base no indicador. Se a Selic subir, os juros da aplicação também ficarão mais altos, de modo que não dá para saber previamente quanto a aplicação renderá.

Papéis híbridos

Há produtos que misturam remunerações pré e pós-fixadas. É o que ocorre com alguns títulos atrelados à inflação: eles pagam uma taxa prefixada, mais a variação do índice de referência (IPCA ou outro).

Como investir em renda fixa?

A maneira certa de investir em renda fixa é procurando uma cooperativa de crédito, um banco, uma corretora ou uma plataforma de investimentos que ofereça essas opções. Verifique se a organização está autorizada pelo Banco Central, o que confere mais segurança ao processo. Depois, basta se informar sobre as aplicações disponíveis.

Lembre-se de que estamos falando de opções conservadoras. Elas apresentam retornos previsíveis e oferecem risco baixo de investimento. Porém, a contrapartida pode ser uma rentabilidade igualmente baixa. Talvez demore alguns anos até você perceber um retorno significativo.

Sendo assim, fica a dica: diversifique a carteira de investimentos e mantenha o hábito de poupar. Não basta escolher um título de renda fixa e guardar dinheiro ali esperando o milagre da multiplicação. É necessário fazer aportes todo mês para ampliar seu patrimônio.

Dica: 5 dicas simples para começar a guardar dinheiro

Curtiu? Esperamos que o conteúdo de hoje tenha sido útil. Continue acompanhando o blog da Cresol para mais informações sobre investimentos e finanças pessoais. Até a próxima!

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