Administrar o próprio dinheiro com responsabilidade é uma tarefa que qualquer pessoa pode aprender. Por isso, vamos falar de educação financeira para crianças. Afinal, quando incentivamos bons hábitos desde cedo, plantamos a semente para os pequenos colherem uma vida muito mais próspera no futuro.
Precisamos lembrar que a renda média da população brasileira é baixa. Ela ficou em R$ 1.380 no ano de 2020, segundo o IBGE. Ganhando pouco mais de um salário mínimo por mês, as pessoas demoram muitos anos para acumular patrimônio e conquistar um padrão de vida confortável.
Esse desafio fica ainda mais difícil quando o adulto não tem controle das finanças pessoais. Nesse caso, o gasto com supérfluos e as parcelas a perder de vista comprometem até o bem-estar. Ou você nunca perdeu o sono por causa de uma dívida?
A ideia da educação financeira para crianças é evitar que seus filhos cometam os mesmos erros. Quando os pequenos entendem o trabalho que dá para montar uma poupança, eles aprendem a investir no que realmente importa. Ou seja: fazem escolhas de consumo mais conscientes. E esse conhecimento fica para a vida toda.
Mas não se trata apenas de adquirir bens ou acumular riqueza. Estamos nos referindo a organização, autonomia e autoconfiança. Essas são apenas algumas das habilidades envolvidas no processo educacional.
Perceba: a criança que detém o poder de compra aprende a, literalmente, bancar as próprias decisões. Se ela gasta toda a mesada com brinquedos, não sobra para comprar um par de tênis novo. Seguindo essa lógica, aos poucos ela vai elegendo prioridades e se planejando para conquistar os objetivos sem recorrer à ajuda de ninguém.
Imagine o orgulho de ver seus rebentos ganhando independência, pagando as próprias contas e traçando um caminho de sucesso. É disso que estamos falando!
A educação financeira é um tema tão importante que está previsto inclusive na nova Base Nacional Comum Curricular. Isso significa que as escolas deverão tratar do assunto durante as aulas de Matemática, por exemplo.
Porém, as noções de poupança, despesas e investimentos também devem partir de casa. Veja como você pode incentivar a criançada a desenvolver bons hábitos:
A situação financeira de muitos lares ainda é tabu. Os adultos provedores insistem em satisfazer as vontades das crianças, o que às vezes leva a gastos além do que o orçamento familiar permite.
Nessas horas, vale a pena chamar os pequenos para uma conversa. Eles precisam entender que dinheiro não nasce em árvore e, portanto, nem sempre dá para adquirir aquilo que queremos. O que nos leva à próxima dica…
Manter um limite fixo de gastos ajuda a controlar as despesas. Como a criança ainda não recebe salário, a mesada cumpre a função muito bem.
Comece com pequenos valores semanais, a tal semanada. Explique que essa será a única quantia disponível para comprar joguinhos de celular, lanches etc. Se a grana acabar, só tem mais na semana que vem! Assim, com o tempo, seu filho vai entender que precisa economizar recursos.
Falando em economizar, a próxima etapa da educação financeira para crianças é justamente a poupança. O bom e velho cofrinho funciona como instrumento pedagógico nesse sentido.
Aqui, o objetivo é montar uma reserva para investimentos mais robustos. Ensine ao pequeno que, juntando um pouco da mesada toda semana, ao fim do ano ele terá uma soma bem alta de dinheiro. Esse montante poderá ser usado em gastos pontuais, como a viagem de férias ou a aquisição de presentes de Natal para os amiguinhos.
Apesar da preocupação com o futuro financeiro dos filhos, você não quer criar adultos consumistas e acumuladores, né? Nesse ponto, doar é tão importante quanto economizar.
A regra da troca pode ser uma ótima estratégia para desenvolver o consumo consciente. Por exemplo, determine que um brinquedo novo só entra em sua casa se a criança abrir mão de um brinquedo antigo. O item usado vai para doação.
Além de fazer o bem, essa ação demonstra aos pequenos que a felicidade não depende da quantidade de bens materiais.
Existem livros educativos, vídeos e uma série de ferramentas lúdicas para trabalhar educação financeira na infância. São histórias divertidas e bem fáceis de entender. Pudera, né? A maioria delas foi pensada de acordo com a faixa etária de cada público.
No site Educação Financeira, você confere um artigo com 7 dicas de livros que tratam dessa temática e muitos outros materiais. Confira também o Cresol Educa, um projeto pensado para jovens em idade escolar, onde é possível encontrar atividades para download e outros materiais de apoio.
A Cresol acredita no potencial transformador da educação. Conte conosco para as crianças de sua família conquistarem um futuro brilhante.
E, se precisar de mais informações sobre finanças e investimentos pessoais, continue acompanhando nosso blog. Até a próxima!