A especulação de analistas do mercado mundial de produtos agropecuários é de que o preço se mantenha estável ou até o valor pago pela saca da soja tenha leve redução frente a safra 2020/2021. O plantio está em curso no Brasil e questões chinesas, produção estadunidense e dólar estável remetem a perspectiva de que não haja ambiente para mudança de valor por um dos grãos mais procurados no mercado mundial.
A crise e o terremoto da Evergrande com dívida de US$ 300 bilhões, segundo economistas avaliam, alerta para possível desaceleração da economia chinesa, também, refém de situação energética desfavorável o que reduziu, por exemplo, o consumo de soja na China. Dois fatores que tendem em exercer influência sobre o mercado mundial agrícola, sobretudo brasileiro e dos Estados Unidos da América (EUA), maiores exportadores.
Se a produção mundial ficou na casa de 363 milhões de toneladas, segundo o departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para a safra 2020/2021, a soja no Brasil (maior produtor mundial) superou 137 milhões de toneladas e no EUA (segundo) 112,5 milhões de toneladas. A China tende em aumentar pouco a compra em relação às aquisições no próximo período, saindo de 98 para 102 milhões de toneladas anuais.
Sem contar o acordo com os EUA que pode ampliar as compras com os concorrentes de mercado brasileiro. Inclusive, Argentina e Paraguai também aumentam áreas de plantio e ofertam soja no mercado mundial. Somente os argentinos devem produzir perto de seis milhões de toneladas a mais que na safra anterior, passando de 46,5 para mais 52 milhões de toneladas. O que pode indicar a estabilidade de preço.
A economia sempre trabalha com a chamada lei da oferta e da procura. Quando o produto tem maiores compras, baixa o estoque e melhora o preço. Mas se haver muita oferta de soja no mercado mundial a perspectiva inverte e o valor pago ao produtor pode ser menor. Essas especulações fazem parte de análises tanto da USDA quanto de entidades e economistas brasileiros especializados no agronegócio e mercado.
Da redação com informações da USDA, Embrapa, Ministério da Agricultura e imagem Embrapa
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