Atualmente, a liberdade de expressão, diante da expansiva ditadura dos ofendidos, vem sofrendo toda ordem de ameaças. Tamanha é a sanha dos censores politicamente corretos que, literalmente, pensar contra a corrente e dizer o que pensa contra a força da correnteza, passou a ser chamado não mais de exercício da liberdade de pensamento e de expressão, mas sim, de adesão ao tal "discurso de ódio".
É claro que todos os censores de plantão juram de pés juntos que o que eles querem não é calar a boca de ninguém, mas sim, e tão somente, proteger as pessoas das hipotéticas inverdades que pessoas supostamente mal intencionadas poderiam sussurrar em nossos ouvidos.
Sim, mas é bem desse jeitão que os censores sempre agiram e continuam a agir. Eles nunca, nunquinha, dizem que estão calando uma voz que ousa dizer uma verdade inconveniente, mas sim, que eles estão zelando pela ordem e, é claro, pelo bem de todos. É sempre assim e não será agora, em pleno século XXI, que isso irá mudar.
Dito de outro modo: todo mecanismo de censura se apresenta como uma "agência de checagem" e, enquanto tal, arroga-se a autoridade de dizer o que pode ser considerado como "fato" e o que deverá ser rotulado como "fake". Obviamente, "fake" será tudo aquilo que eles, os censores, digo, os "checadores", considerarem inconveniente, logo, perigoso no iluminado entendimento oco deles.
Ao chamarmos a atenção para isso, não estamos dizendo que os fatos não devem ser apurados. Nada disso. Estes devem ser, sim, apurados por cada um de nós, confrontando as notícias, as fontes e as várias versões para, deste modo, com liberdade de acesso à informação, podermos chegar o mais próximo possível da verdade.
De mais a mais, não nos esqueçamos jamais que sem liberdade de expressão não apenas o conhecimento da verdade torna-se uma impossibilidade, como também, o elogio sincero será silenciado, juntamente com o uso honesto das palavras e com o emprego reto da razão.
Escrevinhado por Dartagnan da Silva Zanela https://sites.google.com/view/zanela