GERAL
Resolução do TSE prevendo extinção das Zonas Eleitorais de Clevelândia e Mangueirinha será discutida dia 20
01 de junho de 2017
No próximo dia 20 de junho será realizado em Palmas, sul do Paraná encontro com lideranças para discutir os impactos no cotidiano dos eleitores com a resolução do Tribunal Superior Eleitoral(TSE) que implicará na extinção fóruns eleitorais de cidades com menos de 20 mil votantes, atingindo Mangueirinha e Clevelândia/Mariópolis.
O encontro envolvendo as três Comarcas está sendo articulado pelo Juiz Eleitoral de Palmas, Eduardo Vianna, integrante da direção e conselho da Associação dos Magistrados do Paraná (AMAPAR) e Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), instituições que se manifestam contrárias à diminuição na estrutura de atendimento aos eleitores do pais. As entidades se mobilizam para solicitar ao presidente do TSE, Gilmar Mendes, a suspensão da portaria por tempo indeterminado. Em Mangueirinha são 13.915 eleitores e outras 13.723 em Clevelândia, cuja Zona Eleitoral abrange ainda Mariópolis, com 5.313.
Caso prevaleça a decisão, no Sudoeste do Paraná, serão extintas também as zonas eleitorais de Coronel Vivida, Chopinzinho, São João, Santo Antônio do Sudoeste, Capanema, Salto do Lontra, e Marmeleiro. Seguindo a mesma regra também a Comarca de Abelardo Luz, já no Oeste de Santa Catarina.
[caption id="attachment_5050" align="aligncenter" width="1280"] Para Juiz, resolução pode provocar redução de eleitores em 2018.[/caption]
Conforme Eduardo Vianna, os eleitores residentes em Clevelândia, Mariópolis e Mangueirinha serão prejudicados, pois terão que buscar, eventualmente, o Forum de Palmas/Cel. Domingos Soares(35.414 eleitores) para cadastramentos, transferências e quaisquer documentos e serviços prestados pela Justiça Eleitoral. Os residentes na comarca local também serão afetados, pois o quadro de eleitores dobrará, sem que a estrutura de atendimento seja ampliada, resultando em demora. Já enviamos ofícios para a OAB e lideranças destes municípios para que venham até aqui dia 20 de Junho para iniciarmos uma luta contrária a esta medida. Não é questão de ser avesso às mudanças, mas estas precisam ser feitas levando-se as particularidades de cada município, disse ele.
Alertou que se prevalecer a decisão, já no próximo ano haverá redução drástica no número de eleitores, que não realizarão, por exemplo, o recadastramento biométrico. Isso deveria ser o contrário, pois sempre lutamos para que o eleitor exerça seu direito, finalizou.