GERAL
Quase 80% das empresas paranaenses foram prejudicadas com greve dos caminhoneiros
28 de junho de 2018
Pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR) aponta que 76,9% das empresas paranaenses se prejudicaram com a greve dos caminhoneiros, ocorrida em maio deste ano. Em média, o prejuízo durante o período foi de 20,43% do faturamento.
Além dos empresários que se manifestaram contrários ao movimento nacional, outros 9,3% tiveram percepção positiva e outros 13,8% não souberam opinar.
O prejuízo no faturamento passou de 30% entre os meses de maio e junho em 22,3% das empresas consultadas pela Fecomércio PR. Em 12,8% das empresas, as perdas foram de até 5%; prejuízos de 6% e 10% foram relatados por 24,5%; reduções entre 11% e 20% atingiram 18,1% dos comerciantes e prestadores de serviços. O mesmo percentual relatou ter perdido entre 21% e 30% dos lucros.
O principal problema sentido pelos empresários durante os 10 dias de paralisação foi a queda no número de clientes, identificado em 36,6% dos empreendimentos. Além disso, foram percebidos problemas de logística (17,1%); aumento dos custos (14,6%); alta no preço das mercadorias (12,2%) e picos de demanda (4,1%). Além disso, 15,4% dos empresários mencionaram outras complicações, como dificuldade de deslocamento dos colaboradores e inadimplência.
Confiança em baixa
A greve dos caminhoneiros também derrubou a confiança no varejo. O levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostra que o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) recuou 3,5% em junho na comparação com o mês anterior e teve a maior variação negativa desde agosto de 2015.
O resultado do Icec aponta que a paralisação comprometeu a percepção dos varejistas em relação à economia nas condições correntes. Este subíndice teve redução de 8,1% de maio para junho maior retração registrada nesse quesito desde novembro de 2015. Na opinião de 62,3% dos entrevistados, houve piora no cenário econômico.