Com o aumento da população, a procura por alimentos também cresce. Esse fator faz com que o produtor rural tenha cada vez mais importância para a sociedade.
Entretanto, para alcançar resultados expressivos é preciso colocar algumas estratégias em prática. Afinal, quem não quer comercializar toda a produção para manter o negócio em dia e garantir uma boa renda para a família?
Por isso, neste post vamos apresentar 10 dicas de como melhorar a produção e aumentar as vendas para consolidar uma posição de prestígio no mercado.
Acompanhe!
Aumentar a produção, administrar a colheita e comercializar tudo com bons preços não é uma tarefa simples. Especialmente porque exige do produtor rural a necessidade de gerenciar toda a safra e os recursos com inteligência e bom senso. E isso nem sempre é fácil.
Veja, então, 10 dicas que poderão ajudá-lo nesse desafio.
Não basta apenas conhecer as melhores técnicas para produzir a cultura que você escolheu investir. Mais do que isso também é preciso dar atenção para a gestão do negócio, de forma a fazê-lo render financeiramente mais.
À medida que as finanças são gerenciadas corretamente, menores serão os riscos de contrair dívidas ou de acabar não dando conta de honrar os compromissos com empregados e fornecedores.
O produtor rural precisa saber avaliar, por exemplo, o melhor momento para investir em equipamentos (como tratores e pulverizadores) e em infraestrutura (para a melhoria dos acessos à propriedade e um local adequado para estocar a produção). Afinal, de nada adianta dar um passo maior que a perna e comprometer as finanças dos meses seguintes, não é?
Dica: Capital de giro para micro e pequenas empresas: entenda tudo aqui!
A gestão do negócio compreende ainda os custos relacionados com a produção, como o pagamento de mão de obra, a aquisição de insumos e o transporte das mercadorias, dimensionando melhor os preços de cada um. E também a capacidade de divulgar e vender a produção e analisar o mercado e a concorrência. Do contrário, as mercadorias não serão comercializadas dentro das metas, o que é muito ruim para o empreendedor.
Ter todo esse conhecimento profundo do negócio, e estar seguro na administração dele, garante uma visão de futuro mais adequada, ajudando na análise do mercado e nas decisões de médio e longo prazos. É o caso, por exemplo, de saber identificar e avaliar o melhor cenário para optar por novos produtos agrícolas, buscar o aumento do número de clientes ou solicitar um empréstimo ou financiamento.
Depois de ter o controle da sua produção e aprender a gerenciar o negócio, não descuide do empreendimento. O ideal, aqui, é investir cada vez mais nessa capacidade e melhorá-la com o tempo.
É preciso lembrar, por exemplo, que o agricultor familiar não costuma ter muito poder para determinar, nem influenciar o preço final dos produtos. O mercado, como se sabe, é regulado por outros fatores.
No entanto, isso não significa que o produtor precisa ficar inerte a essas forças. Pelo contrário. Ele pode agir em sua própria proteção e um exemplo disso é adotar medidas ou ferramentas que sejam capazes de reduzir os custos da produção. E apostar em uma tecnologia que consiga aumentar a produtividade e aumentar os lucros pode ser uma boa alternativa.
A tecnologia já faz parte da vida das pessoas em diversos setores. No meio rural, isso também já acontece. Alguns produtores pelo país já estão conseguindo produzir mais justamente porque contam com o apoio da tecnologia para realizar ou gerenciar o negócio.
Você já imaginou, por exemplo, administrar o seu estoque por meio de um software que informa, em tempo real, a entrada e a saída de mercadorias?
Pois saiba que isso não é uma ideia tão distante assim. E nem tão cara. Basta apenas dar o primeiro passo, que é entender a tecnologia como uma aliada da propriedade rural. E, muitas vezes, nem é preciso ir tão longe como um software, por exemplo.
Dica: Produtos agrícolas: 7 dicas para melhorar a qualidade
A tecnologia está presente em tudo: em um maquinário mais moderno e que ajuda a agilizar o plantio ou a colheita, ou, ainda, em equipamentos que acompanham o uso de fertilizantes e o consumo de combustível.
O que importa, na verdade, é ter disposição para buscar a melhoria contínua e evitar a acomodação. Afinal, ela tira o foco dos serviços e impede o empreendedor de inovar e de adotar ações para superar a concorrência.
As cooperativas rurais são grandes aliadas para ajudar em um crescimento mais rápido da propriedade. Afinal, elas abrem muitas portas para a agricultura familiar, fornecendo assistência técnica qualificada, acesso mais fácil ao crédito rural e contato com outros produtores locais.
Além disso, as cooperativas também são responsáveis por oferecer um importante apoio para a comercialização e a divulgação dos produtos. Isso porque elas ajudam a disponibilizá-los em novos mercados, feiras e escolas, ampliando as possibilidades de venda e de retorno mais rápido do investimento.
A Cresol, por exemplo, tem uma equipe preparada para receber e orientar os agricultores a desenvolver um trabalho de alto nível e também ajudá-los a investir seus recursos com objetivos bem definidos e sem riscos.
Como mencionado, o apoio de cooperativas rurais pode aproximar o agricultor familiar de outros produtores que também estão lutando para crescer e se profissionalizar. Porém, o mais interessante é que isso vai além do mero networking.
Esse tipo de associação, por exemplo, dá mais força aos agricultorespara negociarem preços melhores em todos os quesitos: para a compra de materiais e insumos e até para vender a produção.
No dia a dia, essa proximidade é extremamente útil, já que muitos deles conseguem se unir para investir juntos em maquinários novos e tecnologia, o que não seria possível de forma individualizada. É o chamado consórcio de máquinas agrícolas.
E não é só. Assim como é possível se aproximar de outros agricultores que estão no mesmo patamar, associar-se a uma cooperativa também acaba oportunizando importantes contatos com empresas e até clientes que podem resultar em parcerias interessantes. Já pensou, por exemplo, em oferecer uma permuta a uma loja de produtos naturais que tem filiais por vários bairros?
É sempre bom ter esse tipo de oferta de parcerias na manga, para quando surgir a oportunidade. Afinal, elas não precisam partir sempre dos outros: você pode tomar à frente quando bem entender. Basta ter um planejamento já idealizado anteriormente, mesmo que de maneira informal. Esse tipo de iniciativa, claro, tem sempre impactos positivos, pois pode ajudar a alavancar os lucros e também a fortalecer a presença no mercado.
A produção precisa ser planejada e acompanhada de perto desde o início, ainda antes do plantio, até o fim, quando as vendas são realizadas. Porém, dentro desse cenário, como saber se ela está dentro das expectativas?
Uma boa resposta é apostar na medição do desempenho. Um produtor rural que tem informações sobre a colheita, tem melhores condições de monitorar a sua performance.
Além disso, também é importante ter uma referência para identificar se existem fatores que possam prejudicar a produção, levando a uma queda inesperada, por exemplo. Nesse caso, é bom analisar os motivos que geraram tal redução no desempenho.
Outra forma de obter um rendimento acima da média é sempre contar com o apoio irrestrito das pessoas que trabalham para você. E para atingir esse objetivo é fundamental ter ações voltadas para engajar toda a equipe, o que pode ser feito de forma bem simples.
Se você atingiu as metas com as vendas, por exemplo, procure dar uma compensação financeira a eles pelo resultado obtido. Ou, então, se não foi possível alcançar o que se esperava, mostre seu apoio e incentive-os a continuar produzindo junto com você.
Com esse tipo de iniciativas, você mostra que valoriza o trabalho realizado e ajuda a deixá-los mais motivados.
O tipo de produção feita por agricultor familiar costuma vir de outras gerações. Em geral, o pai, o avô, o bisavô e assim por diante já plantavam determinado produto, por exemplo, e o filho continua seguindo essa tradição já estabelecida. Afinal, a terra já está habituada a receber aquelas sementes e o produtor já entende bem as necessidades que essa produção exige.
No entanto, é preciso lembrar que os tempos evoluem. E, muitas vezes, vale mais a pena substituir essa produção ou ampliá-la a outras possibilidades. Contudo, como saber quando esse momento chegou?
Para isso, você precisa estar de olho no mercado e analisar algumas consideráveis:
esse tipo de cultivo ainda é o melhor para o seu negócio?
Ele está dando o retorno desejado?
As características do solo permitem outro tipo de cultivo?
É possível investir em outra cultura no período de entressafra?
O clima ainda é o ideal para essa produção, ou ele mudou (faz mais calor no verão e mais frio no inverno, por exemplo)?
Esse balanço feito anteriormente não fica restrito só à análise da sua situação particular atual. Ele também pode levar a muitas outras conclusões. Se você perceber que é hora de mudar, ou de ampliar os negócios para outros cultivos, por exemplo, então é preciso refletir sobre a segunda etapa desse processo: no que investir.
Para isso, é importante analisar o mercado e investir em algo que realmente tenha potencial. Portanto, estude o tipo de cultivo que tem mais demanda atualmente, sua viabilidade para o futuro e as chances de retorno e rendimento. E, por que não, avalie também quais são as possibilidades de exportar o seu produto.
Afinal, investir no mercado exterior pode beneficiar muito o produtor rural, especialmente por deixá-lo menos vulnerável às oscilações do mercado. Além disso, a moeda americana e a europeia são extremamente valorizadas perto do real. Isso pode garantir maiores lucros e também um melhor escoamento da produção, caso o seu produto seja bem-aceito no exterior.
No entanto, é sempre importante cuidar para não dar um passo maior que perna. Antes de migrar para o mercado internacional, é preciso estudar muito bem a viabilidade dele.
O marketing costuma ampliar — e muito! — as vendas de qualquer empresa que aposta nele. Na agricultura não é diferente.
Embora muita gente acredita se tratar de uma ferramenta cara ou desnecessária, a realidade mostra que não é esse o cenário. Justamente por estar longe dos grandes centros urbanos, o marketing pode ser a melhor alternativa para aproximar o pequeno produtor rural dos seus clientes (ou futuros clientes). Afinal, a internet tem a força de aproximar tudo e todos hoje em dia.
Por meio de estratégias e técnicas de marketing, você não precisa nem sair de casa para alcançar os clientes, ou apresentar o seu produto a eles. O caminho é inverso. São eles que vêm até você.
Isso pode ser feito por meio de conteúdos para algum site ou blog de sua autoria, cujos resultados ganhem destaque nas primeiras posições do Google quando pesquisados, ou, então, pelas próprias redes sociais, onde você pode expor a sua rotina e o seu dia a dia de forma quase manual.
Além disso, o investimento em marketing pode ser uma boa alternativa para se fazer dentro do método do consórcio pela cooperativa, tal qual ocorre com as máquinas agrícolas, por exemplo. Isso porque, nem sempre a divulgação precisa ser só sua. Ela pode estar voltada a um grupo de agricultores, por exemplo, ou, até mesmo, à própria cooperativa. Nesse caso, a divisão das despesas não interfere tanto no orçamento de cada um.
Como se pode perceber, não é impossível se tornar um produtor rural de sucesso. Basta dedicar à gestão do negócio o mesmo tempo e esforço que você já oferece às técnicas que precisam ser aplicadas ao plantio, ao cultivo e à colheita.
No início, pode parecer perda de tempo trocar parte do tempo no campo pelo estudo estratégico e pela análise de mercado, mas, aos poucos, você vai perceber que os resultados começam a chegar. Dar essa parada para avaliar a situação atual e trilhar caminhos a serem percorridos é essencial.
Afinal, quando o agricultor passa a enxergar as suas terras como um negócio e não mais apenas como mais um trabalho mecânico do dia a dia, a produção rural ganha um novo contorno: o trabalho consegue alcançar todo o seu potencial e os rendimentos começam a atingir novos patamares.